Christopher Bryan Grint{Treino Contra Harpías}

Black Rose

Depois de uma despedida pouco bem vinda de Solaria, me dirigi para a arena com meus irmãos. Do jeito que eles eram, sem dúvidas teríamos um tour por ali e só voltaríamos a noite. Eles conversavam animados a medida que nos aproximávamos. Quando finalmente chegamos no lugar, demoramos um pouco para decidir por onde começar. No final, minha vontade foi feita, como sempre, era o mais velho e eles me obedeceriam por bem ou mal. Apostos, cada um começou treinando seus golpes contra um boneco de madeira. Ativei minhas armas de Érebo sem delongas. Archégono Void brilhava, mesmo sua lâmina totalmente negra, refletia uma luz opaca e Shield of Vacuum exalava a aura que fazia até meus irmãos me olhar de soslávio. Ri deles e encarei meu inimigo. Movi meus calcanhares, tentando quebrar o ritmo a todo momento, deferindo golpes surpresa e com o escudo defendendo minha retaguarda. O treinador da área, começou a falar algo que me fez parar. Desafiava os semideuses presentes a experimentarem uma área que estava sendo criada na arena. Olhei para meus irmãos e olhar deles procurava pelo perigo. Levantei a mão e eles me acompanharam. O homem se aproximou e avisou que era perigoso. Ri na cara dele e mantive a cabeça erguida. - Podemos ir logo, ou seu sermão vai demorar mais algumas horas? – Um sorriso zombeteiro estava pregado em meu rosto e ele pareceu ficar nem um pouco satisfeito. Tratou de andar na direção oeste, arrastando não só nós de Hades, como um grupo mediano de semideuses, em sua maioria filhos de Ares que nunca resistiam a uma adrenalina. Meus irmãos riam em minhas costas enquanto seguíamos o sujeito.
Não imaginava que a arena era tão grande, pois demoramos a chegar. No meio do caminho, encontramos outros semideuses que conhecíamos e assinalava para eles ao longe. Depois de desvendarmos praticamente todas as áreas da arena, paramos em frente a uma parede. O sol não batia ali, pois era um corredor coberto. Uma pequena irritação começou a aflorar do grupo, enquanto o cara procurava algo no bolso. Antes que uma rebelião ocorresse, ele achou e tocou com uma chave na parede. Esta se abriu, revelando uma porta, que logo se abriu. O que se revelou a nossa frente pareceu não ser possível. Uma réplica perfeita do coliseu romano estendia-se a nossa frente. O chão de areia estava um pouco úmido e andamos até o meio. Finalmente o cara parou e virou para nós. - Como podem ver, é uma réplica do Coliseu, uma obra prima dos nossos parentes distantes. Aqui ocorreram alguns desafios, que vocês terão que enfrentar. Quem quiser sair é só pedir e será transportado pra fora. Quem se machucar, o mesmo. Eu sou Felliph, veterano e filho de Poseidon se quiser saber. Boa sorte! – Ele saiu com um sorriso nos lábios olhando-me nos olhos. Não demonstrei medo e virei-me para meus irmãos. Começamos a discutir nossa estratégia de como nos manteríamos de pé. Se conhecia bem a história, algumas coisas sairiam dos portões laterais e seja o que fosse, teríamos que nos juntar.
Um barulho de roldana começou a se fazer ouvido do portão leste. Harpias voavam aos montes em nossa direção. Juntamos numa espécie de triângulo, eu e meus irmãos, para mantermos a guarda fechada pra cada um. Minha espada e meu escudo surgiram na minha mão em questão de segundos. Contei até três enquanto, um bando fazia um rasante em nossa direção. Quando estavam próximas, rolamos no chão e cada um foi para um lado. Corri na direção de uma das que estavam atacando outros semideuses e cravei a espada nas costas dela que se desfez em pó. Outras duas vinham em minha direção, me defendi com o escudo contra uma que cortou um dobrado pra sair de perto do meu escudo. A outra começou a me rodiar na tentativa de me acertar. Azar dela que estava muito irritado com a sua raça, depois da visita na floresta. O ataque dela falhou quando empurrei o escudo para seu ataque e prensei-a embaixo dele. Entre o chão e o meu escudo ela estava indefesa. A espada atravessou-a, excluindo sua existência. Troquei de espada para Lethal, enquanto corria pelo campo de batalha. Precisávamos nos organizar, sem isso, não teria vitória. Um filho de Hades parecia estar tendo a mesma ideia. Encontrei meus irmãos e puxei-os para o grupo que estava se formando. - Tudo bem, qual é seu plano cacique? - Perguntei ao filho de Ares que era o líder. Ele me olhou cheio de raiva, tencionando me bater, mas uma harpía o trouxe de volta pra batalha. - Vamos fazer uma parede de escudos. – Olhei-o em concordata silenciosa. Quando a batalha tinha início, era bom ser amigo de um filho de Hades. - Pensei a mesma coisa, você tem o apoio dos filhos de Hades. – Joguei meus irmãos para dentro da parede de escudos e entrei também.
Formávamos um retângulo feito dos escudos. Nos lados e em cima cobertos. Estava um pouco, para não disser muito, desconfortável ali, mas todos resistiram aos ataques das harpias. Como não havia arqueiros, a ideia, era fingir-se de morto até elas baixarem a guarda. Vendo apenas por frestas, elas logo pousaram em busca de confirmar nosso estado. Quando estavam suficientemente próximas, abrimos a parede e atacamos de surpresa. Acabamos liquidando boa parte delas e as que sobreviveram, escaparam de medo. Comemoramos alegre a vitória, até a voz de Felliph soar na arena. -Muito bem, semideus, mas perigos ainda maiores aguardam vocês. Quem quiser desistir fale agora.
Eu até queria ficar e lutar até não poder mais. No entanto, notei que o sol começava a se pôr. Olhei para Jonathan e William. Sinalizei o pulso como se mostrasse as horas e saí dali. Em breve, teria que encontrar Solaria em breve e ainda tinha que descansar um pouco antes.

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