{RP} New Group Member

Era o segundo momento mais feliz do dia. Assim que chegamos ao chalé de nosso pai, algo surpreendeu meus irmãos. Um holograma de uma foice e uma capa surgiu sobre minha cabeça, algumas mexas de meu cabelo perderam a cor aloirada e senti alguma coisa diferente dentro de mim. Gritos de espanto vieram de suas bocas antes de alguém entender o que havia ocorrido e começou a euforia de comemoração. Em minha mente, uma voz ecoou. Parabéns, criança, não me decepcione, mesmo sem nunca ter ouvido, reconhecia a voz de meu mestre. Obrigada, gritei com a força de minha mente. Estava gritando e pulando pelo chalé, chorando. Estávamos festejando quando alguém bateu a porta e fui atender. Ao deparar-me com Chris, puxei-o para dentro e abracei-o, gritando e beijando ele.
- EU CONSEGUI, AMOR, EU CONSEGUI. EU ENTREI NO GRUPO! - Gritei, beijando-o e brincando com os cabelos deles. Meus irmãos se aproximaram e cumprimentaram meu namorado, dizendo entre os gritos que entrei pros Ceiadores.

Meus irmãos não ligavam para o fato de termos alguém de Hades dentro do chalé e festejando conosco, na verdade pareciam até animados com a ideia. Meu corpo exalava as mudanças claramente, deixando-me mais rápida e até mais furtiva do que antes. Beijei de forma apaixonada meu namorado e depois afrouxei um pouco o abraço, deixando-o respirar sem uma Ceifadora psicopata e aparentemente tão devotada a morte que tinha coragem suficiente para enfrenta-lo quando nem os irmãos faziam isso. Provavelmente fora minha coragem que havia chamado a atenção de Thanatos e tornara-me uma ajudante interessante.
- Eu ainda não consigo acreditar! - Enquanto falava, indiquei algumas mexas aleatórias de meu cabelo que haviam ficado prateadas, tal como os cabelos de meu deus patrono. - Eu sei que isso não tem graça... Mas eu vejo gente morta. Não aqui dentro, é claro...

Primeiro fato sobre o chalé de Éolo: não importa de quem você é filho, desde que trate bem os nossos irmãos você sempre será bem vindo aqui. Meus irmãos e eu ocasionalmente oferecíamos a ele alguma coisa para comer ou beber, explicando de onde cada coisa era: quando fazíamos uma festa, as comidas e bebidas sempre faziam referencia a nacionalidade de cada um deles. Ingleses, alemães, russos, franceses, japoneses... Tínhamos de tudo ali e vivíamos naturalmente com aquilo. Eu estava tomando um pouco de chá e olhando Chris como se avaliasse-o.
- Espero que os não legais tenham amor a sua não vida, porque se fizerem alguma gracinha... Ir para o Tártaro irá parecer muito legal para eles.
Dei um sorriso e acariciei a face dele com as costas da mão que estavam dadas. Por mais que eu não fosse exatamente má, estava disposta a fazer o que fosse necessário para que as almas fossem para onde deveriam, mesmo que precisasse usar-me de força para tal.
- Além do mais, eles não vão nem me perceber.